quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Um Pouco de Sossego

ola...
Como dizia Fernando Pessoa  "Nao posso falar, porque estou a sentir"....
Tenho escrito pouco, e me manifestado atraves de outras pessoas, mas é que tenho dentro de mim uma mistura de sentimentos que nao sei como expressa-las.
Hoje, nao entendo o que se passa com o mundo, nao entendo o que passa com as pessoas, nao entendo o que passa.....apenas espero que passe!!!Porque eu...estou naquela de implorar para que o mundo pare, pq preciso descer, lembrando a grande Rita Lee.
M sinto sufocada, com vontade de gritar aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa
Eu quero paz, sossego, humildade, felicidade, alegria, amor, fraternidade, compreensao, e igualdade.....
Para voces....Lya Luft

de Lya Luft, do livro Pensar é transgredir (titulo sugestivo, mto bom)

Nesta trepidante cultura nossa, da agitação e do barulho, gostar de sossego é uma excentricidade.

Sob a pressão do ter de parecer, ter de participar, ter de adquirir, ter de qualquer coisa, assumimos uma infinidade de obrigações. Muitas desnecessárias, outras impossíveis, algumas que não combinam conosco nem nos interessam.

Não há perdão nem anistia para os que ficam de fora da ciranda: os que não se submetem mas questionam, os que pagam o preço de sua relativa autonomia, os que não se deixam escravizar, pelo menos sem alguma resistência.

O normal é ser atualizado, produtivo e bem-informado. É indispensável circular, estar enturmado. Quem não corre com a manada praticamente nem existe, se não se cuidar botam numa jaula: um animal estranho.

Acuados pelo relógio, pelos compromissos, pela opinião alheia, disparamos sem rumo – ou em trilhas determinadas – feito hâmsteres que se alimentam de sua própria agitação.

Ficar sossegado é perigoso: pode parecer doença. Recolher-se em casa ou dentro de si mesmo, ameaça quem leva um susto cada vez que examina sua alma.

Estar sozinho é considerado humilhante, sinal de que não se arrumou ninguém – como se amizade ou amor se “arrumasse” em loja. Com relação a homem pode até ser libertário: enfim só, ninguém pendurado nele controlando, cobrando, chateando. Enfim, livre!

Mulher, não. Se está só, em nossa mente preconceituosa é sempre porque está abandonada: ninguém a quer.

Além do desgosto pela solidão, temos horror à quietude. Logo pensamos em depressão: quem sabe terapia e antidepressivo? Criança que não brinca ou salta nem participa de atividades frenéticas está com algum problema.

O silêncio nos assusta por retumbar no vazio dentro de nós. Quando nada se move nem faz barulho, notamos as frestas pelas quais nos espiam coisas incômodas e mal resolvidas, ou se enxerga outro ângulo de nós mesmos. Nos damos conta de que não somos apenas figurinhas atarantadas correndo entre casa, trabalho e bar, praia ou campo.

Existe em nós, geralmente nem percebido e nada valorizado, algo além desse que paga contas, transa, ganha dinheiro, e come, envelhece, e um dia (mas isso é só para os outros!) vai morrer. Quem é esse que afinal sou eu? Quais seus desejos e medos, seus projetos e sonhos?

No susto que essa idéia provoca, queremos ruído, ruídos. Chegamos em casa e ligamos a televisão antes de largar a bolsa ou pasta. Não é para assistir a um programa: é pela distração.

Silêncio faz pensar, remexe águas paradas, trazendo à tona sabe Deus que desconserto nosso. Com medo de ver quem – ou o que – somos, adia-se o defrontamento com nossa alma sem máscaras.

Mas, se a gente aprende a gostar um pouco de sossego, descobre – em si e no outro – regiões nem imaginadas, questões fascinantes e não necessariamente ruins.

Nunca esqueci a experiência de quando alguém botou a mão no meu ombro de criança e disse:

- Fica quietinha, um momento só, escuta a chuva chegando.

E ela chegou: intensa e lenta, tornando tudo singularmente novo. A quietude pode ser como essa chuva: nela a gente se refaz para voltar mais inteiro ao convívio, às tantas frases, às tarefas, aos amores.

Então, por favor, me dêem isso: um pouco de silêncio bom para que eu escute o vento nas folhas, a chuva nas lajes, e tudo o que fala muito além das palavras de todos os textos e da música de todos os sentimentos.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

para iniciar bem a semana...

Eu gosto do impossível, tenho medo do provável, dou risada do ridículo e choro porque tenho vontade, mas nem sempre tenho motivo.


Tenho um sorriso confiante que as vezes não demonstra o tanto de insegurança por trás dele.

Sou inconstante e talvez imprevisível.

Não gosto de rotina. Eu amo de verdade aqueles pra quem eu digo isso, e me irrito de forma inexplicável quando não botam fé nas minhas palavras.

Nem sempre coloco em prática aquilo que eu julgo certo.

São poucas as pessoas pra quem eu me explico...



Bob Marley

quinta-feira, 29 de julho de 2010

ACORDAR PRA SEMPRE COM VOCÊ

Biquíni Cavadão & Lucas (fresno)



Flores nascem e morrem no jardim

Assim o dia acaba em Noite

E o céu parece não ter fim



Estrelas sempre mudam de lugar

Fazendo curvas no destino

Aonde vai nos levar



Eu só queria

Acordar pra sempre com você

Até diria

Qualquer coisa pra te convencer



Que os dias passam

As pessoas mudam

Por que é tão difícil acreditar em nós



Quando estamos sós

A sua voz

Faz o meu tempo parar

sexta-feira, 9 de julho de 2010

56 ANOS DA MORTE DE FRIDA KAHLO


Este post vai em homenagem a uma grande artista a qual admiro muito. Para quem conhece a história de Frida Kahlo, sabe que ela foi uma guerreira em todos os sentidos.
Qualificada como uma artista surrealista, ela mesmo discorda dizendo: " pensavam que eu era uma surrealista, mas eu não era. Nunca pintei sonhos. Pintava a minha própria realidade".

quinta-feira, 20 de maio de 2010

... pela janela do carro...

Eu ando pelo mundo, prestando atenção
Em cores que eu não sei o nome
Cores de Almodovar, cores de Frida Kalo, cores
Passeio pelo escuro, eu presto muita atenção
No que o meu irmão ouve
E como uma segunda pele, um calo, uma casca, uma cápsula
protetora
Eu quero chegar antes
Pra sinalizar o estar de cada coisa, filtrar seus graus
Eu ando pelo mundo divertindo gente, chorando ao telefone
E vendo doer a fome nos meninos que tem fome
Pela janela do quarto,
Pela janela do carro
Pela tela, pela janela
(Quem é ela, quem é ela?)
Eu vejo tudo enquadrado
Remoto controle
Eu ando pelo mundo
E os automóveis correm para quê?
As crianças correm para onde?
Transito entre dois lados de um lado
Eu gosto de opostos
Exponho o meu modo, me mostro
Eu canto para quem?
Pela janela do quarto,
Pela janela do carro
Pela tela, pela janela
(Quem é ela, quem é ela?)
Eu vejo tudo enquadrado
Remoto controle
Eu ando pelo mundo
E meus amigos, cadê?
Minha alegria, meu cansaço...
Meu amor cadê você?
Eu acordei
Não tem ninguém ao lado
Pela janela do quarto,
Pela janela do carro
Pela tela, pela janela
(Quem é ela, quem é ela?)
Eu vejo tudo enquadrado
Remoto Controle

Adriana Calcanhoto

quarta-feira, 5 de maio de 2010

FLORES


Foto: Rosa da Madrugada - Bruno Sartorato

HelloO HELLO.... Hola Hola.... Olá Olá....

Depois de um periodo que não era o mestrual, mas tão conturbado quanto, hoje vou postar algumas fotos, de uma das minhas grandes paixões....as flores...

Completas, perfeitas, de uma beleza extraordinária, que nós faz refletir sobre elas, e sobre nós....

Quero a partir de hoje novos ventos, novas cores, novos sons...e para começar


IRA
Compositor(es): Edgard Scandurra

De todo o meu passado
Boas e más recordações
Quero viver meu presente
E lembrar tudo depois
Nessa vida passageira
Eu sou eu, você é você
Isso é o que mais me agrada
Isso é o que me faz dizer
Que vejo flores em você

De todo o meu passado
Boas e más recordações
Quero viver meu presente
E lembrar tudo depois
Nessa vida passageira
Eu sou eu, você é você
Isso é o que mais me agrada
Isso é o que me faz dizer
Que vejo flores em você
Que vejo flores em você

segunda-feira, 12 de abril de 2010

O que voce tem feito para uma vida melhor???

Esse é o tema da iniciativa Mostre Seu Valor, que busca converter o cidadão comum em agente de transformação da realidade do país




Em vez do discurso, a ação. Essa é a proposta da campanha Mostre Seu Valor , que quer descobrir quais atributos os brasileiros consideram fundamentais para uma vida melhor, e o que todos estão dispostos a fazer para conquistá-los. A iniciativa busca converter o cidadão em agente de transformação da realidade do país, por meio do princípio "faça sua parte para melhorar o mundo".


A ideia surgiu a partir dos resultados da iniciativa Brasil Ponto a Ponto, realizada em novembro de 2008 e cujo objetivo era definir o tema do próximo Relatório de Desenvolvimento Humano, que será divulgado até junho.


Com isso, o documento abrangeria informações que fugissem dos conceitos abstratos e o cidadão comum poderia aproveitá-las melhor em seu dia a dia. A iniciativa contou com a adesão de mais de meio milhão de pessoas, que citaram valores como educação, respeito, segurança, responsabilidade, tolerância, convivência pacífica.


O resultado deu origem à campanha do PNUD Mostre Seu Valor, que defende que os "valores são formados pelas práticas", conforme explica o coordenador do Relatório de Desenvolvimento Humano, Flavio Comim. "Com o Brasil Ponto a Ponto, descobrimos que o impacto dos valores na convivência e na qualidade de vida não são desprezíveis", diz.


É aquela velha história: mudando pequenas coisas, é possível ter um resultado positivo no longo prazo. Por exemplo, se você considera o respeito um valor essencial, mas gosta de ouvir som alto depois das 22h, incomodando os vizinhos, por que não mudar esse comportamento?


A base da campanha gira em torno de pessoas que se comprometem a adotar ações para melhorar o mundo. "Todos podem exercer seu protagonismo, diariamente, por meio de pequenas práticas que levam a grandes mudanças", afirma Comim, que acrescenta que, muitas vezes, os motivos para alguns problemas interpessoais estão dentro da própria casa. Extirpando-se a raiz, transforma-se todo o resto. "É um processo de conscientização, construído aos poucos", conclui.


Converter o cidadão em protagonista significa ainda que as políticas públicas devam ser elaboradas levando em consideração a sociedade como um todo, e não apenas os governos como agentes de transformação. A busca por parcerias é uma peça chave para que as ações “de valor” se multipliquem de maneira espontânea e descentralizada, de forma que não fiquem restritas a esferas governamentais.


Novas mídias


O site Mostre o Seu Valor está no ar desde março, divulgando a campanha, que prevê que um perfil dos valores brasileiros seja esboçado. Além disso, o PNUD está desenvolvendo uma programação para fazer esse levantamento ao longo do ano. Na internet, a iniciativa recorreu ao auxílio de novas mídias sociais, como o Twitter e o Facebook. Aliás, o site de relacionamentos Facebook é a aposta de Comim para o desenvolvimento da campanha.


"A interatividade permitida pelo Facebook vai ser muito boa, porque vão ocorrer discussões interessantes", acredita. Até agora, 348 pessoas estão associadas ao perfil da campanha na rede de relacionamentos. O Twitter é outro recurso importante, mas ainda pouco divulgado, e possui mais de 100 seguidores que buscam informações atualizadas sobre a iniciativa.


Mas a principal forma de atrair a atenção da população ainda tem sido a televisão. Em fevereiro, o PNUD lançou um vídeo de 30 segundos apoiado por reportagens no Jornal Nacional, da Rede Globo. Nele, as pessoas eram convidadas a participar da iniciativa. Em resposta, cerca de três mil pessoas acessaram a página da campanha. Também foram divulgados anúncios em revistas e jornais.


Fonte: PNUD Brasil