quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

e no dia do samba...As vezes faz bem chorar




E nas velhas cordas procurar
Notas e acordes esquecidos
Os dedos calejados deslizar
Recordar, saudoso, um samba antigo
Quero recordar aquelas madrugadas
Serenatas no meu jardim
Quero recordar...
Não importam essas lágrimas
Às vezes faz bem chorar
E nas velhas fotos procurar
Amores e amigos tão queridos
Os olhos embaçados deslizar
Recordar saudoso o que perdido
Quero recordar aquela velha casa
Quantas flores no meu jardim
Quero recordar...
Não importam essas lágrimas
Às vezes faz bem chorar


                                                                                 CLARA NUNES

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Cheirinho de Primavera -

Aqui estou eu, esperando que elas se abram. Botões por todos os lados do jardim criam em mim uma ansiedade por ve-los transformados em flor colorindo, e perfumando. O manacá florido, perfuma as noites calmas.Que aqui pelos "brasilis" a coisa anda feia, a conversa não é outra, eleições. Politica? Muitos dos debates passam longe disso. Assimila-se o facil e rapido, a puxada de tapete daqui e dali. Propostas? Vejo falarem pouco em propostas. Vejo se defenderem, e acusarem. O povo ta perdido, iludido, nem sei mais. Saude, Educaçao e moradia o povo já sabe como está, sente na pele. Sabe que o bolso ta mais cheio, mas a esperança em um mundo novo sempre estará no ar.

Eu, cheia de energia, entro no equinócio da primavera, tempo em que uma libriana como eu inicia o ciclo de repensar, medir, calcular, pensar, colocar tudo na balança, e fazer a faxina geral, antes da idade nova que se aproxima. Todo ano é assim, acho que por isso me identifico com as flores, porque é na primavera, que me sinto linda e colorida :)


Inicio meu TCC literalmente, computador melhor amigo, e madrugadas como inimiga. Mas, com um prazer enorme de escrever. Na foto, Praia do Toló em Sambaqui, companheira de muitas leituras, banhos de mar, e que me renova a cada visita. Em clima de primavera!

De que lado vc esta??

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

SER FELIZ

SER FELIZ



Dê um jeito de ser feliz!
Troque de roupa.
Troque de joia.

Pinte o cabelo.

É preciso ser feliz!

Descubra os amigos.

Presenteie.

Vá às festas.

Dê um jeito de ser feliz!

Leia um bom livro.

Veja um bom filme.

Tome um café.

É preciso ser feliz!

Solte a voz no banheiro.

Ande descalço.

Aprenda a brincar.

Dê um jeito de ser feliz!

Ame o trabalho.

Assobie.

Faça o dia entrar em você.

Se ainda assim

estiver triste,

não desista.

Às vezes, pra ser feliz,

demora um pouco.



Alcides Buss

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

O Sol

Algo me inquieta que
parado nao posso ficar
É energia que entra pelos poros
sem parar

Energiza e completa
és o Sol
Que me alimenta
Que se põe
e se acinzenta

Chega de tormenta
Nao posso derramar
Lagrimas sem parar
Estou tranquila, mas
a ponto de estourar

Nao sei quem sou as vezes,
outras sim
E outras vezes
sonho sem fim

Quando te vi
Você me olhou, e ali
tudo começou
Me amou
me olhou e sorriu

Que se abriu
que nem pavio
e voce nem viu.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Grupo Folclorico Boi de Mamao de Sambaqui - Performance e Identidade

 Ola

Neste segundo semestre de 2010 dei inicio ao meu Trabalho de Conclusao de Curso, ele tem como objeto de investigação o boi-de-mamao, especificamente, o Grupo Folclorico Boi de Mamao de Sambaqui.



Reproduzo aqui, a primeira parte do Projeto para o Trabalho de Conclusao de Curso em Ciencias Sociais - Bacharel em Antropologia pela Universidade Federal de Santa Catarina.


1. Introdução - Tema e Problematizacao

O presente trabalho propõe uma pesquisa etnográfica que tem como objeto o Grupo Folclórico Boi-de-mamão de Sambaqui, vinculado à Associação do Bairro de Sambaqui. A brincadeira do Boi-de-mamão pode ser encontrada nos quatro cantos do Brasil, cada uma delas com seu contexto próprio, realizada de diferentes formas, variando de acordo com a região do país. Se diferenciam nas suas características e em suas denominações, pode variar, como Boi-Bumbá, Boi-Fingido,Bumba-Meu Boi, Boi-de-Pano, e outros.


Na Ilha de Santa Catarina, e em todo o litoral catarinense, é conhecido como Boi-de-mamão. A brincadeira se apresenta em formato de dramatização, com um enredo central: a morte e a ressurreição do boi. Esta brincadeira se tornou uma das manifestações culturais mais significativas da cultura catarinense. É na Ilha de Santa Catarina que está concentrado o maior número de grupos de boi-de-mamão. O grupo estudado está situado no Norte da Ilha, no bairro de Sambaqui, situado no distrito de Santo Antônio de Lisboa, uma das primeiras freguesias colonizadas pelos imigrantes açorianos que chegaram à Ilha de Santa Catarina. O grupo foi criado por moradores da comunidade no ano de 1982, em meio a uma turbulenta luta da comunidade contra a especulação imobiliária na região. Especificamente lutaram contra a instalação de um iate clube na Ponta do Sambaqui, uma área de lazer da comunidade. Frente a esta necessidade de se manifestar, surgiu a idéia de organizar para apresentar o Boi-de-mamão, dando voz aos moradores em oposição às autoridades políticas e interesses de grandes empresários. O Boi-de-mamão de Sambaqui se tornou um símbolo cultural e político na representação de identidade da comunidade. Foi através de uma primeira pesquisa realizada com este Grupo Folclórico que, percebi, ouvi e observei a importância desta performance para a afirmação da identidade coletiva..

O Grupo Folclórico Boi-de-mamão de Sambaqui possui cerca de 20 integrantes, em sua maioria crianças de 3 a 14 anos, que se dividem para “brincar” nas personagens que fazem parte da drama, como o Mateus (dono do boi), o vaqueiro, o cavalo, o urubu, a abelha, o urso, o boi, a Maricota , a cabra, o Waldemar , e a Bernunça. Fazem parte do boi-de-mamão também, uma banda com 6 integrantes, dentre eles, o “puxador” , responsável pela cantoria e a coordenação da brincadeira. A maioria de seus integrantes do Grupo Folclórico residem, e nasceram no bairro. Além das brincadeiras, o boi-de-mamão está acompanhado pelos discursos dos integrantes do grupo, particularmente do puxador, que chamam a atenção para o resgate da cultura e tradição. Foi partindo destes discursos que surgiu a problemática que trago como questão central para esta pesquisa, ou seja, qual é a relação entre a “brincadeira” do Boi-de-mamão, seus discursos, e as questões sobre a “identidade” da comunidade de Sambaqui.

A construção da identidade é a maneira pela qual o sujeito se vê e deseja ser visto pelos outros. É um processo que emerge da interação entre os indivíduos. Os moradores da comunidade de Sambaqui participam na brincadeira do boi-de-mamão, legitimando sua identidade como “nativo” ou descendentes de açorianos. O Grupo pode ser considerado como fazendo parte de um movimento maior açorianista que visa a redescoberta e revalorização das raízes açorianas.

Blasi, Silvia d`Eça N L C. 2009. Grupo Folclorico Boi-de-Mamao de Sambaqui: Performace e Identidade. Projeto de Trabalho de Conclusao de Curso. UFSC

sábado, 11 de setembro de 2010

É HOJEEEEE!!!! ATO EM DEFESA DAS BAÍAS


ABS CONVIDA 
Ato em Defesa das Baías, da pesca artesanal e da maricultura (peixes, camarões e turismo) e Contra a Instalação do Estaleiro OSX em Biguaçu.
Sábado – 11 de setembro – 16:00 hs.
Na Entrada da Barra de Sambaqui com:
  • Apresentação do Boi de Mamão
  • Colocação de Bandeiras Pretas Abaixo-assinado 

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

O que sinto
Só eu sinto
Só eu sei

E sinto...

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

ABAYOMY

Pela primeira vez irei postar um trabalho acadêmico. Irei postar por acreditar que seja entre outras coisas, um trabalho curioso,  por ter revelado para mim a Historia da boneca Abayomy.
Na época do trafico negreiro, as negras que vinham nos porões dos navios, preocupadas com seus filhos, que pouco se alimentavam , e choravam, rasgavam sua roupas, e dos retalhos, amarrados com nós, surgiu a boneca Abayomy. Que em Iorubá significa "Encontro Feliz". 
Esta curiosidade, é de uma riqueza de interpretações imensa, e que me foi apresentada pela Professora Rosana, na Creche Morro do Mocotó. Após, a Secretaria Municipal estabelecer a multiculturalidade, e os trabalhos sobre diversidade cultural dentro de todas as instituições de ensino municipal, foi incluído nesta instituição oficinas sobre o tema, e uma delas foi a de Abayomy, a qual estive presente realizando o trabalho.
Seguem as fotos.


terça-feira, 17 de agosto de 2010

Me envergonho neste momento de ser catarinense.

Como podemos ter no cargo mais alto do executivo, um cara como Leonel Pavan?????
Voces sabiam que ele assinou um decreto, que encerra os processos administrativos, e a Lei da Anistia???
Novamente, se deixa impune os torturadores, e policiais corruptos deste Estado = Mafia Militar


Eu me pergunto em tom de sátira, relembrando nosso amigo Chapolin Colorado.....E agora quem poderá nos ajudar??????

Segue texto retirado da pagina da APRASC

O presidente em exercício da Aprasc, sargento Manoel João da Costa, foi excluído pelo comandante geral da Polícia Militar, coronel Luiz da Silva Maciel, no final da tarde desta sexta-feira, 13, por causa da participação no movimento reivindicatório de dezembro de 2008. Para o sargento J. Costa, o ato do comandante é um desrespeito ao Decreto 3.433, assinado pelo governador Leonel Pavan no dia 3 de agosto desse ano, que suspende os processos administrativos em andamento, e a Lei da Anistia (Lei Federal nº 12.191/2010). “O coronel está desrespeitando a vontade do governador, que é o chefe supremo da Polícia Militar, de apaziguar a situação na corporação e anistiar os praças acusados injustamente”, critica.

O próprio comandante havia publicado nota, no dia seguinte ao decreto, em que garantia o retorno à normalidade das atividades dos policiais acusados nos processos referentes a dezembro de 2008.

A medida do comandante da PM vai na contramão da decisão do governador e do entendimento da Justiça estadual, que já determinou a reintegração de três policiais militares expulsos injustamente.

A decisão foi comunicada à assessoria jurídica da Aprasc, no final da tarde, depois que o comandante negou recurso. Logo, a portaria de exclusão deve ser publicada no Boletim do Comando Geral (BCG) e o presidente da Aprasc vai ter que passar por exame médico antes de assinar sua exclusão.

Ele é o 22º policial militar expulso da corporação por participar de manifestação reivindicatória. J. Costa está aposentado (reserva remunerada) desde abril de 2008. Ele ingressou na Polícia Militar em 12 de maio de 1981 e trabalhou em diversos setores.


Fonte: Aprasc

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Um Pouco de Sossego

ola...
Como dizia Fernando Pessoa  "Nao posso falar, porque estou a sentir"....
Tenho escrito pouco, e me manifestado atraves de outras pessoas, mas é que tenho dentro de mim uma mistura de sentimentos que nao sei como expressa-las.
Hoje, nao entendo o que se passa com o mundo, nao entendo o que passa com as pessoas, nao entendo o que passa.....apenas espero que passe!!!Porque eu...estou naquela de implorar para que o mundo pare, pq preciso descer, lembrando a grande Rita Lee.
M sinto sufocada, com vontade de gritar aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa
Eu quero paz, sossego, humildade, felicidade, alegria, amor, fraternidade, compreensao, e igualdade.....
Para voces....Lya Luft

de Lya Luft, do livro Pensar é transgredir (titulo sugestivo, mto bom)

Nesta trepidante cultura nossa, da agitação e do barulho, gostar de sossego é uma excentricidade.

Sob a pressão do ter de parecer, ter de participar, ter de adquirir, ter de qualquer coisa, assumimos uma infinidade de obrigações. Muitas desnecessárias, outras impossíveis, algumas que não combinam conosco nem nos interessam.

Não há perdão nem anistia para os que ficam de fora da ciranda: os que não se submetem mas questionam, os que pagam o preço de sua relativa autonomia, os que não se deixam escravizar, pelo menos sem alguma resistência.

O normal é ser atualizado, produtivo e bem-informado. É indispensável circular, estar enturmado. Quem não corre com a manada praticamente nem existe, se não se cuidar botam numa jaula: um animal estranho.

Acuados pelo relógio, pelos compromissos, pela opinião alheia, disparamos sem rumo – ou em trilhas determinadas – feito hâmsteres que se alimentam de sua própria agitação.

Ficar sossegado é perigoso: pode parecer doença. Recolher-se em casa ou dentro de si mesmo, ameaça quem leva um susto cada vez que examina sua alma.

Estar sozinho é considerado humilhante, sinal de que não se arrumou ninguém – como se amizade ou amor se “arrumasse” em loja. Com relação a homem pode até ser libertário: enfim só, ninguém pendurado nele controlando, cobrando, chateando. Enfim, livre!

Mulher, não. Se está só, em nossa mente preconceituosa é sempre porque está abandonada: ninguém a quer.

Além do desgosto pela solidão, temos horror à quietude. Logo pensamos em depressão: quem sabe terapia e antidepressivo? Criança que não brinca ou salta nem participa de atividades frenéticas está com algum problema.

O silêncio nos assusta por retumbar no vazio dentro de nós. Quando nada se move nem faz barulho, notamos as frestas pelas quais nos espiam coisas incômodas e mal resolvidas, ou se enxerga outro ângulo de nós mesmos. Nos damos conta de que não somos apenas figurinhas atarantadas correndo entre casa, trabalho e bar, praia ou campo.

Existe em nós, geralmente nem percebido e nada valorizado, algo além desse que paga contas, transa, ganha dinheiro, e come, envelhece, e um dia (mas isso é só para os outros!) vai morrer. Quem é esse que afinal sou eu? Quais seus desejos e medos, seus projetos e sonhos?

No susto que essa idéia provoca, queremos ruído, ruídos. Chegamos em casa e ligamos a televisão antes de largar a bolsa ou pasta. Não é para assistir a um programa: é pela distração.

Silêncio faz pensar, remexe águas paradas, trazendo à tona sabe Deus que desconserto nosso. Com medo de ver quem – ou o que – somos, adia-se o defrontamento com nossa alma sem máscaras.

Mas, se a gente aprende a gostar um pouco de sossego, descobre – em si e no outro – regiões nem imaginadas, questões fascinantes e não necessariamente ruins.

Nunca esqueci a experiência de quando alguém botou a mão no meu ombro de criança e disse:

- Fica quietinha, um momento só, escuta a chuva chegando.

E ela chegou: intensa e lenta, tornando tudo singularmente novo. A quietude pode ser como essa chuva: nela a gente se refaz para voltar mais inteiro ao convívio, às tantas frases, às tarefas, aos amores.

Então, por favor, me dêem isso: um pouco de silêncio bom para que eu escute o vento nas folhas, a chuva nas lajes, e tudo o que fala muito além das palavras de todos os textos e da música de todos os sentimentos.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

para iniciar bem a semana...

Eu gosto do impossível, tenho medo do provável, dou risada do ridículo e choro porque tenho vontade, mas nem sempre tenho motivo.


Tenho um sorriso confiante que as vezes não demonstra o tanto de insegurança por trás dele.

Sou inconstante e talvez imprevisível.

Não gosto de rotina. Eu amo de verdade aqueles pra quem eu digo isso, e me irrito de forma inexplicável quando não botam fé nas minhas palavras.

Nem sempre coloco em prática aquilo que eu julgo certo.

São poucas as pessoas pra quem eu me explico...



Bob Marley

quinta-feira, 29 de julho de 2010

ACORDAR PRA SEMPRE COM VOCÊ

Biquíni Cavadão & Lucas (fresno)



Flores nascem e morrem no jardim

Assim o dia acaba em Noite

E o céu parece não ter fim



Estrelas sempre mudam de lugar

Fazendo curvas no destino

Aonde vai nos levar



Eu só queria

Acordar pra sempre com você

Até diria

Qualquer coisa pra te convencer



Que os dias passam

As pessoas mudam

Por que é tão difícil acreditar em nós



Quando estamos sós

A sua voz

Faz o meu tempo parar

sexta-feira, 9 de julho de 2010

56 ANOS DA MORTE DE FRIDA KAHLO


Este post vai em homenagem a uma grande artista a qual admiro muito. Para quem conhece a história de Frida Kahlo, sabe que ela foi uma guerreira em todos os sentidos.
Qualificada como uma artista surrealista, ela mesmo discorda dizendo: " pensavam que eu era uma surrealista, mas eu não era. Nunca pintei sonhos. Pintava a minha própria realidade".

quinta-feira, 20 de maio de 2010

... pela janela do carro...

Eu ando pelo mundo, prestando atenção
Em cores que eu não sei o nome
Cores de Almodovar, cores de Frida Kalo, cores
Passeio pelo escuro, eu presto muita atenção
No que o meu irmão ouve
E como uma segunda pele, um calo, uma casca, uma cápsula
protetora
Eu quero chegar antes
Pra sinalizar o estar de cada coisa, filtrar seus graus
Eu ando pelo mundo divertindo gente, chorando ao telefone
E vendo doer a fome nos meninos que tem fome
Pela janela do quarto,
Pela janela do carro
Pela tela, pela janela
(Quem é ela, quem é ela?)
Eu vejo tudo enquadrado
Remoto controle
Eu ando pelo mundo
E os automóveis correm para quê?
As crianças correm para onde?
Transito entre dois lados de um lado
Eu gosto de opostos
Exponho o meu modo, me mostro
Eu canto para quem?
Pela janela do quarto,
Pela janela do carro
Pela tela, pela janela
(Quem é ela, quem é ela?)
Eu vejo tudo enquadrado
Remoto controle
Eu ando pelo mundo
E meus amigos, cadê?
Minha alegria, meu cansaço...
Meu amor cadê você?
Eu acordei
Não tem ninguém ao lado
Pela janela do quarto,
Pela janela do carro
Pela tela, pela janela
(Quem é ela, quem é ela?)
Eu vejo tudo enquadrado
Remoto Controle

Adriana Calcanhoto

quarta-feira, 5 de maio de 2010

FLORES


Foto: Rosa da Madrugada - Bruno Sartorato

HelloO HELLO.... Hola Hola.... Olá Olá....

Depois de um periodo que não era o mestrual, mas tão conturbado quanto, hoje vou postar algumas fotos, de uma das minhas grandes paixões....as flores...

Completas, perfeitas, de uma beleza extraordinária, que nós faz refletir sobre elas, e sobre nós....

Quero a partir de hoje novos ventos, novas cores, novos sons...e para começar


IRA
Compositor(es): Edgard Scandurra

De todo o meu passado
Boas e más recordações
Quero viver meu presente
E lembrar tudo depois
Nessa vida passageira
Eu sou eu, você é você
Isso é o que mais me agrada
Isso é o que me faz dizer
Que vejo flores em você

De todo o meu passado
Boas e más recordações
Quero viver meu presente
E lembrar tudo depois
Nessa vida passageira
Eu sou eu, você é você
Isso é o que mais me agrada
Isso é o que me faz dizer
Que vejo flores em você
Que vejo flores em você

segunda-feira, 12 de abril de 2010

O que voce tem feito para uma vida melhor???

Esse é o tema da iniciativa Mostre Seu Valor, que busca converter o cidadão comum em agente de transformação da realidade do país




Em vez do discurso, a ação. Essa é a proposta da campanha Mostre Seu Valor , que quer descobrir quais atributos os brasileiros consideram fundamentais para uma vida melhor, e o que todos estão dispostos a fazer para conquistá-los. A iniciativa busca converter o cidadão em agente de transformação da realidade do país, por meio do princípio "faça sua parte para melhorar o mundo".


A ideia surgiu a partir dos resultados da iniciativa Brasil Ponto a Ponto, realizada em novembro de 2008 e cujo objetivo era definir o tema do próximo Relatório de Desenvolvimento Humano, que será divulgado até junho.


Com isso, o documento abrangeria informações que fugissem dos conceitos abstratos e o cidadão comum poderia aproveitá-las melhor em seu dia a dia. A iniciativa contou com a adesão de mais de meio milhão de pessoas, que citaram valores como educação, respeito, segurança, responsabilidade, tolerância, convivência pacífica.


O resultado deu origem à campanha do PNUD Mostre Seu Valor, que defende que os "valores são formados pelas práticas", conforme explica o coordenador do Relatório de Desenvolvimento Humano, Flavio Comim. "Com o Brasil Ponto a Ponto, descobrimos que o impacto dos valores na convivência e na qualidade de vida não são desprezíveis", diz.


É aquela velha história: mudando pequenas coisas, é possível ter um resultado positivo no longo prazo. Por exemplo, se você considera o respeito um valor essencial, mas gosta de ouvir som alto depois das 22h, incomodando os vizinhos, por que não mudar esse comportamento?


A base da campanha gira em torno de pessoas que se comprometem a adotar ações para melhorar o mundo. "Todos podem exercer seu protagonismo, diariamente, por meio de pequenas práticas que levam a grandes mudanças", afirma Comim, que acrescenta que, muitas vezes, os motivos para alguns problemas interpessoais estão dentro da própria casa. Extirpando-se a raiz, transforma-se todo o resto. "É um processo de conscientização, construído aos poucos", conclui.


Converter o cidadão em protagonista significa ainda que as políticas públicas devam ser elaboradas levando em consideração a sociedade como um todo, e não apenas os governos como agentes de transformação. A busca por parcerias é uma peça chave para que as ações “de valor” se multipliquem de maneira espontânea e descentralizada, de forma que não fiquem restritas a esferas governamentais.


Novas mídias


O site Mostre o Seu Valor está no ar desde março, divulgando a campanha, que prevê que um perfil dos valores brasileiros seja esboçado. Além disso, o PNUD está desenvolvendo uma programação para fazer esse levantamento ao longo do ano. Na internet, a iniciativa recorreu ao auxílio de novas mídias sociais, como o Twitter e o Facebook. Aliás, o site de relacionamentos Facebook é a aposta de Comim para o desenvolvimento da campanha.


"A interatividade permitida pelo Facebook vai ser muito boa, porque vão ocorrer discussões interessantes", acredita. Até agora, 348 pessoas estão associadas ao perfil da campanha na rede de relacionamentos. O Twitter é outro recurso importante, mas ainda pouco divulgado, e possui mais de 100 seguidores que buscam informações atualizadas sobre a iniciativa.


Mas a principal forma de atrair a atenção da população ainda tem sido a televisão. Em fevereiro, o PNUD lançou um vídeo de 30 segundos apoiado por reportagens no Jornal Nacional, da Rede Globo. Nele, as pessoas eram convidadas a participar da iniciativa. Em resposta, cerca de três mil pessoas acessaram a página da campanha. Também foram divulgados anúncios em revistas e jornais.


Fonte: PNUD Brasil

terça-feira, 9 de março de 2010

seguindo o viés poético....

Atrasado...Parabenizo todas nós mulheres, pelo Dia Internacional da Mulher.

Recebi do meu admirador e companheiro, este poema que divido com vocês, pois, me completou no dia de hoje. Muitas vezes no corre-corre do dia-a-dia, esquecemos de olhar-nos como mulher...
Somos mulheres e, o que queremos nao é muito, é um carinho, uma flor, umas palavras, uma lembrança, uma gentileza, esperança...
O que desejamos nao é muito, é paz, é amor, é lealdade, é confiança, é admiração,
doação...

Então...um pouco de Pablo Neruda

Elas sorriem quando querem gritar.
Elas cantam quando querem chorar.
Elas choram quando estão felizes.
E riem quando estão nervosas.

Elas brigam por aquilo que acreditam.
Elas levantam-se para injustiça.
Elas não levam "não" como resposta
quando acreditam que existe melhor solução."

(Pablo Neruda)

Na sinaleira...

Bom...sendo uma admiradora das artes, e sensivel a elas, acredito ser uma das poucas pessoas que dá um pouco de dinheiro em troca de poesias , que vemos ser divulgadas em algumas sinaleiras, em alguns dias da semana....no centro de Florianopolis.
Palavras soltas de artistas anônimos.
Posto hoje uma dessas poesias..

Pesquise Amanha

Eu tenho sonho
Eu sinto que tenho sonho
Eu sonho que sinto
Que tenho um sonho
Eu sonhei com isso


Blimer - 15/12/2006

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Santo Daime

Notas sobre a pseudo-reportagem de capa da revista Isto É sobre a ayahuasca

Por Beatriz Caiuby Labate


Recentemente, a Revista Istoé publicou a reportagem “As Encruzilhadas do Daime” (ed. 2100, 5/02/2010), assinada por Hélio Gomes, que, não obstante tente disfarçar sua agenda oculta, visa criar um quadro de medo e alarmismo com relação às religiões ayahuasqueiras brasileiras. A ayahuasca é composta pelo cipó Banisteriopsis caapi e pelas folhas do arbusto Psychotria viridis. As principais religiões que a utilizam são o Santo Daime e a União do Vegetal (UDV), que nasceram no norte do país nas décadas de 30 e 60, e se expandiram para os centros urbanos a partir da década de 70, e para o exterior a partir dos anos 80. Há também outras vertentes urbanas mais recentes. Este tipo de abordagem desonesta e preconceituosa em nada contribui para o a discussão sobre o uso de substâncias psicoativas, além de violar frontalmente o respeito à liberdade religiosa. Eis a série de imprecisões e equívocos da “reportagem”:

- Denomina equivocadamente os seguidores dos movimentos religiosos do Santo Daime e da União do Vegetal de “daimistas”, revelando desconhecimento básico sobre o tema;

- Informa equivocadamente que o governo “liberou o Daime”. O reconhecimento do uso ritual e religioso da ayahuasca se deu na década de 80, e foi reafirmado através de uma série de resoluções e pareceres publicados ao longos dos últimos 25 anos, culminando na Resolução N. 1 do Conad, de 25 de janeiro de 2010. Esta, ao contrário, estabelece maiores regras e controles para o uso religioso da ayahuasca do que as anteriores;

- Afirma que o governo peca ao deixar mortes ocorrerem e ao mesmo tempo “liberou geral”, confundindo não só o papel do Judiciário, Executivo e Legislativo no controle sobre o uso de substâncias psicoativas, mas também a ordem dos fatos, uma vez que a resolução do CONAD publicada em 2010 contém o Relatório Final do Grupo Multidisciplinar de Trabalho sobre a Ayahuasca (GMT), concluído em 2006;

- Associa levianamente o consumo da ayahuasca à duas mortes recentes. Não há absolutamente nenhuma informação concreta nos dois casos citados no texto que possam comprovar a conexão entre o consumo da ayahuasca e morte, muito menos evidências empíricas ou científicas de que tais situações sejam recorrentes e preocupantes;

- Afirma que há um alarmante tráfico de ayahuasca no país, mas não realiza nenhuma investigação a respeito, a exceção de digitar no google “comprar ayahuasca” e reproduzir vagamente alguns dos resultados encontrados;

- Afirma que o uso da ayahuasca causa dependência (“substitutir um vício por outro”). Não há informações científicas que comprovem tal afirmação;

- Afirma que “o uso de ayahuasca por gestantes e crianças é periogoso”. Não há informações científicas que comprovem tal afirmação;

- Contém uma coleção de erros nos box “alucinações sagradas” e outro no box sobre os riscos e efeitos da ayahuasca, as quais não valhe a pena detalhar aqui.

Para sair desta encruzilhada, só com Exu mesmo!

A matéria publicada na revista Istoé pode ser lida em:
http://www.istoe.com.br/reportagens/48304_A+ENCRUZILHADA+DO+DAIME+PARTE+1?pathImagens=&path=&actualArea=internalPage

Beatriz Caiuby Labate é antropóloga (http://bialabate.net), pesquisadora Associada do Instituto de Psicologia Médica da Universidade de Heidelberg e membro do Grupo Especial de Pesquisa (SFB 619) “Dinâmicas do ritual – Processos socioculturais sob uma perspectiva comparativa histórica e cultural” (www.ritualdynamik.de) e pesquisadora do Núcleo de Estudos Interdisciplinares sobre Psicoativos (www.neip.info).


Fonte: carosamigos.terra.com.br

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Como um Salvador Dali.....

oLA,......
Tempo sem escrever, calor de enlouquecer....
Hoje a cidade está com temperatura de 40º na Mauro Ramos, temperaturas que nao marcavam desde 1997.
Posto uma obra de Salvador Dali, um artista que aprecio demais.
e que traz em forma de arte, como me sinto neste calor....derretendo!!!!




quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Quase todos pretos..... HAITI

Já estava em tempo de postar alguma coisa...

Faz uma semana do terremoto no Haiti, e não se fala de outra coisa. Informações surgem de todos os lados, fotos tristes com o intuito de realmente chocar quem as vê. A tragedia no Haiti, virou mais um "caso Isabella", uma novela dramatica, que faz todos os dias a mídia hipnotizante entrar na nossa casa e transformar uma tragedia em mais um "reality show". Porque que antes do terremoto, nao se falava do Haiti??? O pais mais pobre do mundo, um país que sofre diariamente a seculos com torturas, assassinatos brutais, e outros crimes que dispensam qualquer tipo de comentário. Um país que sempre viveu a mercê de outro, onde os individuos vivem na mira de armas de fogo. Acredito que muitos, e está visivel, estão retirando de seus armarios comidas, agua, roupas, e enviando ao Haiti. Os donativos "quando chegam", um ponto que já daria uma nova discussão, são lançados do avião, e os "cidadões" no desespero se agridem quando estes tocam o solo. É como um enxame de abelhas. Fome, sede, pobreza, desespero, .... Essas pessoas que doam,inclusive eu, possuem um sentimento de solidariedade admiravel, mas qndo saem de suas casas, e olham para um mendigo na calçada de sua rua, atravessam. Porque? Porque ajudamos e nos sensibilizamos com o Haiti, e nao enxergamos quem esta ali. Porque não pensamos no Haiti, quando o nosso país tomou decisoes importantes referentes a ele.
Estou triste, com tudo isso, com Angra dos Reis, com a Cracolandia, com Florianopolis cada vez mais violenta, com todos os lugares do mundo em que alguem sofre, e outro doa, se sensibiliza, e dorme tranquilo. Atitudes a serem tomadas perpassam a pequena doação de 5 litros de agua mineral. Tambem nao quero fazer uma apologia contra as doações, como disse, tambem doei. Quero que muitos de nos construam dentro de si, uma consciencia quanto a isso. Que nao seje necessario que morram milhares de pessoas, para que reflitamos sobre o mundo, e sobre nos mesmos.
Coloco abaixo, uma letra maravilhosa, de maravilhosos e insubistituiveis cantores brasileiros,Caetano e Gilberto Gil. Que interpreto exatamento sobre isso que falei, "o Haiti é aqui", olhe a sua volta. Look Around!!!



HAITI

Quando você for convidado pra subir no adro
Da fundação casa de Jorge Amado
Pra ver do alto a fila de soldados, quase todos pretos
Dando porrada na nuca de malandros pretos
De ladrões mulatos e outros quase brancos
Tratados como pretos
Só pra mostrar aos outros quase pretos
(E são quase todos pretos)
E aos quase brancos pobres como pretos
Como é que pretos, pobres e mulatos
E quase brancos quase pretos de tão pobres são tratados
E não importa se os olhos do mundo inteiro
Possam estar por um momento voltados para o largo
Onde os escravos eram castigados
E hoje um batuque um batuque
Com a pureza de meninos uniformizados de escola secundária
Em dia de parada
E a grandeza épica de um povo em formação
Nos atrai, nos deslumbra e estimula
Não importa nada:
Nem o traço do sobrado
Nem a lente do fantástico,
Nem o disco de Paul Simon
Ninguém, ninguém é cidadão
Se você for a festa do pelô, e se você não for
Pense no Haiti, reze pelo Haiti
O Haiti é aqui
O Haiti não é aqui
E na TV se você vir um deputado em pânico mal dissimulado
Diante de qualquer, mas qualquer mesmo, qualquer, qualquer
Plano de educação que pareça fácil
Que pareça fácil e rápido
E vá representar uma ameaça de democratização
Do ensino do primeiro grau
E se esse mesmo deputado defender a adoção da pena capital
E o venerável cardeal disser que vê tanto espírito no feto
E nenhum no marginal
E se, ao furar o sinal, o velho sinal vermelho habitual
Notar um homem mijando na esquina da rua sobre um saco
Brilhante de lixo do Leblon
E quando ouvir o silêncio sorridente de São Paulo
Diante da chacina
111 presos indefesos, mas presos são quase todos pretos
Ou quase pretos, ou quase brancos quase pretos de tão pobres
E pobres são como podres e todos sabem como se tratam os pretos
E quando você for dar uma volta no Caribe
E quando for trepar sem camisinha
E apresentar sua participação inteligente no bloqueio a Cuba
Pense no Haiti, reze pelo Haiti
O Haiti é aqui
O Haiti não é aqui


Composição: Caetano Veloso e Gilberto Gil

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Bem vindos a 2010...

Saludo a todos, e desejo um ótimo ano de 2010, cheio de realizações, sucesso, paz e mto amor....

Meu pai desde que sou pequena, em todos os momentos, que eu "aprontava", e que sabia que ao chegar em casa iria receber um grande discurso (da minha mae) .... ele sempre, simplesmente me olhava nos fundos dos olhos e me dizia uma unica frase: - " a vida ensina". Eu, adolescente, achava isso o maximo, porque escapava dos castigos, e das grandes broncas. Hoje, vejo que ele estava totalmente certo, e que daquele olhar e daquela frase, construi tudo que sou hoje, e a maneira pela qual vejo o mundo, e vivo nele. Fiz um monte de besteiras, pisei mto na bola, e hoje, sinto vergonha de muitas vezes ter agido de maneira incoerente. Coisas de adolescente, diriam por ai.
Nao que hoje eu esteja madura, e ciente de tudo o que é certo e errado, mas hoje, tenho o discernimento de olhar para tras, e refletir. E pra frente, modificar...
Todo começo de ano, fico assim, meio que, com a mente em estado de transcendencia, refletindo sobre o q ficou p tras, e de olho no futuro, e nos objetivos do novo ano que entra.
Hoje, posto este texto abaixo, que li em um blog, e que resumi, a célebre frase do meu pai.


A vida me ensinou...
A dizer adeus às pessoas que amo,
Sem tira-las do meu coração;
Sorrir às pessoas que não gostam de mim,
Para mostrá-las que sou diferente do que elas pensam;
Fazer de conta que tudo está bem quando isso não é verdade,
Para que eu possa acreditar que tudo vai mudar;
Calar-me para ouvir;
Aprender com meus erros.
Afinal eu posso ser sempre melhor.
A lutar contra as injustiças;
Sorrir quando o que mais desejo é gritar todas as minhas dores para o mundo,
A ser forte quando os que amo estão com problemas;
Ser carinhosa com todos que precisam do meu carinho;
Ouvir a todos que só precisam desabafar;
Amar aos que me machucam ou querem fazer de mim depósito de suas frustrações e desafetos;
Perdoar incondicionalmente,
Pois já precisei desse perdão;
Amar incondicionalmente,
Pois também preciso desse amor;
A alegrar a quem precisa;
A pedir perdão;
A sonhar acordada;
A acordar para a realidade;
A aproveitar cada instante de felicidade;
A chorar de saudade sem vergonha de demonstrar;
Me ensinou a ter olhos para "ver e ouvir estrelas", embora nem sempre consiga entendê-las;
A ver o encanto do pôr-do-sol;
A sentir a dor do adeus e do que se acaba, sempre lutando para preservar tudo o que é importante para a felicidade do meu ser;
A abrir minhas janelas para o amor;
A não temer o futuro;

Me ensinou e está me ensinando a aproveitar o presente, como um presente que da vida recebi, e usá-lo como um diamante que eu mesma tenha que lapidar, lhe dando forma da maneira que eu escolher.


autor desconhecido